Peugeot e sua fábrica brasileira de bicicletas

Placa:

Fabricante:

Pegeout

Modelo:

Versão:

Cor:

Potência do Motor Original:

Suspensão:

Suspensão (descrição):

Roda / Pneu:

Freios:

Som:

Alterações Potência do Motor:

Interna do Carro:

Descrição:

Peugeot e sua fábrica brasileira… de bicicletas

Pouca gente sabe, ou se lembra, mas a Peugeot já fabricou veículos no Brasil bem antes da inauguração da fábrica da PSA em Porto Real, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2001, de onde saem hoje Peugeot 207 hatch, sedã, SW e Hoogar e Citroën C3 e AirCross.

Foi há pouco mais de 33 anos, sendo mais exato, ou 23 anos antes da fábrica fluminense. Em 1977, quando montou fábrica na cidade de Montes Claros, Minas Gerais, de onde saíam legítimas bicicletas Peugeot, já largamente reconhecidas na Europa.

A Cycles Peugeot francesa detinha 40% do empreendimento, batizado como Almec Indústrias Mecânicas. Produto: Peugeot 10, concorrente direto da Caloi 10, tipo de bicicleta febre na época.

A Peugeot então se apresentou ao mercado brasileiro com uma publicidade impressa hoje memorável – se tivesse sabor, seria deliciosa. Em um texto quase jocoso, o anúncio se aproveitava do total desconhecimento da marca aqui e já mandava logo de cara, direto no título:

“Peugeot? – Não me lembro mais como se pronuncia.”

Encerrava o texto publicitário parágrafo que merece ser reproduzido: “(…) naquela época em que eu falava Peugeot, eu pronunciava P-e-u-g-e-o-t, com todas as distintas letras. Ao que o pai de Pierre retrucava, alegre e compreensivo:

– Pejô, crrriança, Pejô.”

O anúncio foi publicado pela primeira vez na revista Veja de 7 de agosto de 1977, e ainda lascava sem dó o slogan “Produzir Bicicletas Como Quem Fabrica Automóveis”, sob o símbolo do leão.

Mas a Almec, que se aproveitava dos benefícios da Sudene, já nasceu meio torta. Era originalmente sociedade da Cycles Peugeot com o grupo mineiro Hermógenes Ladeira, então conhecido por sua Cia. Alterosa de Cerveja. O grupo quase foi à falência, atrasando em muito a construção da fábrica que era negociada desde o início dos anos 70. A Peugeot ameaçou saltar fora, mas foi convencida com empréstimos bancários a novos sócios. Só que quando a empresa de fato iniciou a produção já devia 10 milhões de cruzeiros. A situação nunca foi exatamente muito bem controlada, e logo depois, 1979, a dívida já era dez vezes maior. A Cycles Peugeot viu então que a coisa estava prestes a desandar de vez e preferiu sair da sociedade, pagando multa contratual exatamente do valor da dívida, 100 milhões de cruzeiros.

A Almec então decidiu continuar por conta própria, agora com capital 100% nacional, autorização para manter o nome da montadora francesa e a produção da Peugeot 10 e, em tese, sem dívidas. No fim de 1981 uma parte curiosa da história: a Almec anunciava acordo para fundir e produzir componentes em alumínio no País, e assim, diminuir as importações e reduzir o preço da bicicleta. O acordo foi com a FMB, da Teksid, do Grupo… Fiat. A FMB fundia os componentes em Betim e a Almec os usinava em Montes Claros.

Para a Almec o acordo parecia a solução da lavoura mas o fim dos benefícios da Sudene, em 1982, degringolou as contas e a fábrica deixou de pedalar rapidamente. Caiu e fechou no mesmo ano, interrompendo a produção dos primeiros Peugeot nacionais.

Produção que voltou apenas quinze anos depois, dessa vez em quatro rodas, com a inauguração da planta fluminense da PSA – e dessa vez era para ficar.

Atualmente as bicicletas Peugeot 10 são raras no País – as poucas bem conservadas dão disputadas quase que a tapa por colecionadores. E a divisão Cycles da matriz Peugeot prossegue ativa até hoje:

Peugeot  1952

Este Modelo de bicicleta é oriunda das antigas Route Homme que eram bicicletas masculinas para estrada ,dalinha Tourisme com quadros nas medidas 52,57 e 62 de meados dos anos 1920.O modelo ½ Ballon que era a Ancestral direta das balonetes viria em 1929.Em 1932 conforme catalogo Peugeot , aparecem as primeiras balonetes que eram do segmento “Polymultipliees” na tradução livre ,múltiplos usos,com cambio Sturmey-Archer de 3 velocidades,freios e cabo e porta Bagagem nas versões masculina e feminina

Uma legião de fãs através do mundo, uma história pujante que remonta ao Século XIX, uma diversificada linha de produtos que poucas empresas no mundo chegaram a manter em seu catálogo de vendas, além de uma determinação insofismável como o norte de sua expansão: conquistar o mundo com produtos de qualidade e confiança. Mais uma vez e, outras virão, estamos falando da Peugeot, a “Marca do Leão”. E tudo começou numa pequena forjaria nas imediações de Sous Cratet, na região de Doubs, onde eram fabricadas lâminas de aço fino e molas, depois ferramentas agrícolas, bicicletas, motocicletas, carros e utensílios para o lar.

Durante o período de sua expansão industrial, no decorrer do Século XX, vários países receberam unidades da fábrica, entre eles o Brasil e a Argentina. Lá, a produção foi de carros, enquanto no Brasil, de bicicletas. Aqui, houve uma composição de capital com a Cia. Alterosa de Cerveja de Minas Gerais na condição de sócia, cuja fábrica foi construída em Montes Claros, um parque industrial nas imediações de Belo Horizonte. A produção teve início a partir de segunda metade da década de 70 e parte dos anos 80. Alguns assinalam como início 1977, e o fechamento da fábrica Almec em 1982. Outros, dois anos antes, 1975, enquanto que a Peugeot nada fala sobre esse delicado período.

A variedade à disposição do mercado incluía os modelos para adultos e infantis. Os anos 70 foram marcados, no Brasil, pelo lançamento dos modelos 10, tanto da Caloi como da Monark. É curioso saber que muitas pessoas até hoje acreditam que a Caloi lançou a primeira bicicleta com marchas no país, coisa que não procede de forma alguma. A forte campanha de mídia investida e focada totalmente nesse lançamento deu margem a essa “verdade”, que a fabricante nunca procurou corrigir. Persiste em alguns casos o velho ditado bastante comum entre nós: vox populi, vox Dei (voz do povo, voz de Deus).

À época existia outra fonte de recursos governamentais que consumiu boa parte da riqueza deste país, à semelhança do saque feito à Petrobrás; a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), cuja sociedade buscou recursos para a implantação de sua fábrica. Problemas relacionados com a gestão do empreendimento em 1979 fez a dívida saltar para 100 milhões de cruzeiros, uma exorbitância à época e que induziu a Peugeot francesa a saltar do barco. Resumindo: pagaram essa dívida e desapareceram do país. Nacionalizada e com autorização para uso do nome pela matriz, a Almec/Peugeot fechou as portas em 1982, assim que a fonte da Sudene secou. Porém, no decorrer desses breves anos, os lançamentos da fábrica foram conquistando um grande público desejoso de bicicletas com tecnologia, qualidade e bom acabamento. Sem qualquer dúvida, a Peugeot cumpria isso com muita folga, desde a linha 10, os modelos infantis e para adultos.

Quase no final dessa caminhada, a Almec entrou para disputar o mercado das “Barras” ( Barra Circular da Monark, e Barra Forte da Caloi). O nome desse lançamento não pode ser mais apropriado: “Peugeot Combate”. Uma bicicleta construída a partir de um quadro clássico e reforçado, disponível com freios tipo varão ou rígido, além do contra-pedal que deixava o conjunto mais limpo. Um bagageiro resistente feito em estrutura tubular de baixo peso fechava esse projeto equilibrado e muito resistente. Portanto, não é sem razão que esse modelo é o mais difícil de ser encontrado por aqueles que têm paixão pela marca.

Acredito que talvez tenha havido uma experiência, pois é muito comum em algumas marcas europeias mais antigas, bicicletas com essa configuração de freios, por exemplo, as Humber e Raleigh que temos no MUBI. De qualquer forma, caso algum leitor tenha alguma informação que possa esclarecer essa dúvida, agradeço; pois a história da Peugeot no Brasil desse período possui muitas lacunas. É uma bicicleta muito confortável e segura. A relação de 44 X 20 permite um pedalar compassado e fornece boa velocidade quando solicitada. Como sempre digo, uma bicicleta Peugeot bem regulada, não bate nada e nem faz “nhec…nhec”. Ops! Tive que substituir o selim original que era feito pela “Ducor”, uma chapa metálica revestida por courvin e que destrói o prazer de longas pedaladas. Assim que ela for colocada em exposição no acervo, o “destrói bunda” voltará para o seu lugar com certeza.

 

Desafios do projeto:

Pessoas ou lojas que ajudaram no projeto:

Ano:

1977

Kilometragem:

Câmbio:

Manual

Combustível:

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